terça-feira, 4 de outubro de 2011

Só se for só


Essa vontade louca de chorar, mas as lágrimas estão secas. Aquela dor que aperta o peito e devora todo seu corpo. A garganta seca, a palavra que não consegue se pronunciar. O medo de expor-se.

Fere, dói, mata. 

O tal de "chutar o balde" e sair andando pelas ruas sem um destino. Colocar o fone de ouvido no último volume e esquece do que está acontecendo a sua volta.

Aquela solitude!

Ora, isso foi você quem escolheu - exclama a sua consciência.
Mas talvez a minha felicidade não seja um terço de tudo que se imaginava (?) 
Não entendo e as vezes não faço questão de entender todo esse caldeirão de escolhasaleatoriasdoquesedizseromelhor. Nesse momento o que vale a pena é ficar com esse sentimento nostálgico e dolorido (lê-se sadomasoquismo). 



"Na minha solidão, mando eu
Na minha solidão, quem sou eu?"
(Mariana Aydar)

sábado, 27 de agosto de 2011

bem?

Esse medo de amar que devora e aflora tudo o que foi construído. 
Aquela amizade (lê-se cumplicidade), estava a devorar todos os seus pensamentos. Mas eu nunca sentir isso. Será que devemos arriscar? - ela questiona.
O cheio, o abraço, o gosto estava entranhado em suas lembranças e parecia que nunca mais iria sair dali. Os dois transformam-se em válvulas de escape, queria torna-se isso ainda mais intenso.
O bom e velho dialogo estava a ficando serio demais. As palavras soavam como declarações de amor e de prazer. Os beijos estavam a se transformar em singelos gestos de carinho e compreensão. 
Será que estou amando? - ela, assustada, pergunta ao seu inconsciente. Este, que por sua vez, oculta-se para não se comprometer com a situação.
Ela não sabe amar? Ela tem medo de amar? Será que ela gosta de amar?
Ele estava fazendo-a bem, ele compreendia todas as suas manias de ser complicada. Ele queria tê-la e senti-la por dentro.
Agora ela não sabe o que fazer. Com aquele velho medo de entregar-se e sentir-se amada




Basta ver

O reflexo dos seus olhos
Bem nos meus
Com esse calor que deu para entender
Que o coração não mente
Que afortunadamente
Me faz bem.

[Luiza Possi - Me Faz Bem]



sábado, 9 de julho de 2011

tinha de quem???

A vida é realmente engraçada, temos surpresas mirabolantes no meio do dia-a-dia. Hora nos assusta, hora nos choca, hora nos mete medo, horas, ora...orabolas! 
Descobrir, redescobrir as coisas, as pessoas, os nossos sentimentos acrescenta um punhado de doceamargoazedo nessa turbulência da vida.

Temer algo é temer querer viver. Temo porque isso faz parte do conflito existente em querer ir além. Mas ir além não é igual. 
Ouvir, degustar, digerir...três momentos distintos e unidos pelo laço de alimentar e acrescentar o desejo de saciar a fome de querer. Palavras soaram, foram chocantes e doces. Foram lindas e plenas.
Sentir na palavra uma dose de amor, sentir em três leves/fortes palavras o amor que não sentirá um amor desconhecido até o exato momento.
Ser de quem? Tinha de ser com quem?






"Na vida tudo pode acontecer"
(Otto - Saudade)

sábado, 23 de abril de 2011

Eu e a consciência

Cheguei a pensar que havia sido curada aquela estranha dor de está só. Foi tudo um fracasso.
Ele chega com aquele sorriso, te abraça e beija, diz no seu ouvido tudo aquilo que gostaria de ouvir. Você, uma tola caindo na tal conversa diz que está tudo bem, enfim vocês se entendem e dão continuidade naquilo que minutos atrás tinha acabado.
MENTIRA, MENTIRA, MENTIRA...
Tudo não passou de uma grande mentira. Agora você está aí sozinha, imaginando como seria caso tudo tivesse dado certo. Ouvindo aquela música que só faz lembrá-lo e desejá-lo ao seu lado.
VOCÊ É UMA GRANDE TOLA. A voz interna dizia a ela todos os momentos. Você não passa de uma sonhadora apaixonada e adora fazer papel de durona e que tem o controle da situação.
Como teria sido? Não adianta ficar imaginando, ele não vai voltar. Ele já não consegue te fazer feliz. Ele não te ama.
Pare, respire e siga em frente.
Não vale a pena ficar contando as horas para encontrá-lo naquele ponto de ônibus, sua tola. Nada além de um simples “Oi, como você está?”
A noite nunca mais vai terminar tão bem...



“Vai sim, vai ser sempre assim
A sua falta vai me incomodar,
E quando eu não agüentar mais
Vou chorar baixinho, pra ninguém ouvir.
Vai sim, vai ser sempre assim,
Um pra cada lado, como você quis
E eu vou me acostumar,
Quem sabe até gostar de mim.
(Luiza Possi – Eu Espero)

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

a saudade que dói

Ler ouvindo Primeiro Andar de Los Hermanos


Acordou assim, com o pensamento que corroia seu cérebro. Pensava nos amigos que fizeram e os que se foram, lembrou da importancia que cada um tem/teve na sua vida.
Ela odeia vícios, mas descobriu que possui um que a obriga a ter dosagens diariamente: a necessidade de amigos. Ela não sabe viver só, ela não gosta, ela não quer.
Os amigos são como parte dela, são como um membro, são parceiros, são irmãos.
No caminho para o trabalho ficou pensando neles em todos os momentos, o peito doia e parecia que iria comê-la. Sentiu umas lágrimas nos olhos, predeu-a para que não caísse.
Sentiu uma saudade daqueles tempos bobos e divertidos, das palavras de amor que falava para cada um deles, na verdade, que ainda fala - mas não com tanta frequência, pois cada um amadureceu e teve que seguir seu rumo.
Novas amizades foram feitas, foram amadurecidas e foram embora. Mas ela continua a sentir no peito essa vontade extrema de amigos.
Recentemente descobriu que ouvir a frase: "amigos não se faz, se reconhece" é a mais pura verdade. Ela não faz amigos, ela as sentem, ela os reconhece pela alma, pelo olhar.
Amigo é aquilo que um abraço apertado toca a alma, amigo é aquilo que o silêncio diz.
Sim, o silêncio diz mais coisas do que a própria palavra. 
Nesse momento ela está escrevendo essas palavras com lágrimas nos olhos e no seu ambiente de trabalho, está no seu mundo sem perceber o que está acontecendo a sua volta.
Ela escreve essas palavras porque seu coração pede e ela não nega. Ela ama e continua a escrever.




* poste dedicado aos meus amigos de longa data e para aqueles que conheci e aprendir a amar em uma fração de segundos.

domingo, 26 de dezembro de 2010

afinal de contas

Acorda, senta na cama e imagina o longo dia que tem pela frente. Não tinha vontade de nada, não tinha tempo hábil, não tinha vontade, mas tinha desejo. Um desejo que entragara em seu corpo, um desejo desconhecido acompanhado pela simples vontade de ter. Era contraditória, mas ela só sentira o que seu corpo sentira. 
Tomou um gole de café e jogou-se seu corpo no sofá, naquele momento era o melhor lugar de toda a casa. Não pensava em mais nada, não queria mais nada além de ficar na sua doce companhia.
Desligara o celular, não queria falar com mais ninguém. Desmarcara todos os compromissos pelo simples fato de ficar na sua companhia. O que ela realmente quer? O que essa pobre criatura deseja nesse exato momento? 
Nem ela mesmo sabe, quase nunca sabe...ou finje não querer saber.








"Eu quero colo, um berço, um braço quente em torno do meu pescoço, uma voz que cante baixo que pareça querer me fazer chorar. Eu quero um calor no inverno, um estravio morno da minha consciência e depois em sumo. Um sonho calmo, um espaço enorme como a Lua rodando entre as estrelas"

(Maria Bethânia - Eu Quero Colo)

sábado, 25 de dezembro de 2010

O que será?

Os dois estão presente no mesmo lugar, mas seus corpos não estão. Eles se desejam, se querem...mas o momento não é propício para tal acontecido. Eles tem medo? Não, eles sabem esperar. Talvés, esse não seja o momento, talvés esteja acontecendo rápido demais. Rápidos? Sim, rápido por esse momento.
Apenas os corpos, o desejo, o sexo. Só sexo? Eles os querem como antes não os queriam. A amizade continua como a bela base da convivência, mas os corpos os querem como o lindo prazer de ser, sentir e agir naquele lindo momento.


"Me deixa louca
É só beijar tua boca que eu me arrepio,
Arrepio, arrepio"
(Maria Rita - Num Corpo Só)