terça-feira, 11 de janeiro de 2011

a saudade que dói

Ler ouvindo Primeiro Andar de Los Hermanos


Acordou assim, com o pensamento que corroia seu cérebro. Pensava nos amigos que fizeram e os que se foram, lembrou da importancia que cada um tem/teve na sua vida.
Ela odeia vícios, mas descobriu que possui um que a obriga a ter dosagens diariamente: a necessidade de amigos. Ela não sabe viver só, ela não gosta, ela não quer.
Os amigos são como parte dela, são como um membro, são parceiros, são irmãos.
No caminho para o trabalho ficou pensando neles em todos os momentos, o peito doia e parecia que iria comê-la. Sentiu umas lágrimas nos olhos, predeu-a para que não caísse.
Sentiu uma saudade daqueles tempos bobos e divertidos, das palavras de amor que falava para cada um deles, na verdade, que ainda fala - mas não com tanta frequência, pois cada um amadureceu e teve que seguir seu rumo.
Novas amizades foram feitas, foram amadurecidas e foram embora. Mas ela continua a sentir no peito essa vontade extrema de amigos.
Recentemente descobriu que ouvir a frase: "amigos não se faz, se reconhece" é a mais pura verdade. Ela não faz amigos, ela as sentem, ela os reconhece pela alma, pelo olhar.
Amigo é aquilo que um abraço apertado toca a alma, amigo é aquilo que o silêncio diz.
Sim, o silêncio diz mais coisas do que a própria palavra. 
Nesse momento ela está escrevendo essas palavras com lágrimas nos olhos e no seu ambiente de trabalho, está no seu mundo sem perceber o que está acontecendo a sua volta.
Ela escreve essas palavras porque seu coração pede e ela não nega. Ela ama e continua a escrever.




* poste dedicado aos meus amigos de longa data e para aqueles que conheci e aprendir a amar em uma fração de segundos.