quinta-feira, 30 de setembro de 2010

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Os meus desejos (in)controláveis de possuí-lo, de tê-lo novamento. Do gosto da sua sálica doce em meu corpo.
(In)controlavemente (in)controlados.
Pelo afago das suas mãos, do toque condizendo os desejos ocultos, escuros pela noite fria.
Em movimento, tê-lo.
A caminho (des)conhecido, da estrada amarga até a chegada.
Tê-lo era perdê-lo pelo medo.

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

despir de si

Se entregar pelo cansaço, pelo afago que nele estara disponível. Faziam mais de um ano, o melodrama continuava com o mesmo gosto singelo. Ele venceu, conseguiu tê-la nos seus braços.
Despi-la, tocá-la, senti-la. 
Os pensamentos mais sórdidos sussurados no seu ouvido, ressovam como melodias (im)próprias. Ela não o desejava como ele. Ela só o queria por uma vez. Mas ele venceu, venceu pelo prazer de lutar e conquistar.
Os corpos entrelaçados pelos braços, pela boca, pelo cheiro e pela palavra - ora doce, ora amarga. Pela sensação de possuir.
Acompanhados pelo compasso de ir e vim, vim e ir. 
Seguir, seguir, seguir...
Tê-la?
Era o principio, da metade até o fim.
A nota tocada pelos dois possuia uma oitava acima do normal. A melodia era estranha, desconhecida e intensamente deliberada pelo gosto adocicado da música. 
Ele a quer, ele a deseja, ele ama?
Ele a quer na cama*.






*P.S. selecione a partir da 'última' frase.







quinta-feira, 23 de setembro de 2010

cruz ou espada?

Estava tudo certo, a ansiedade estava culminando-a desde a primeira notícia. Foram dias sonhando, desejando que chegasse o tão esperado momento. A primeira parte foi difícil, temente que tudo o que desejara não fosse realizado. Mas ela conseguiu, foi a batalha, venceu.
Surge de repente como um raio assustador e inovador. Ter o mesmo sonho por duas vezes é privilégio. Lutarei e conquistarei mais uma vez, ela pensou. Conseguiu de uma forma muito árdua, sofrida. Mas para se obter a vitória precisa passar primeiramente pela derrota.
Ela seguia seus dias com a simplicidade. Trancos e barrancos, sorrisos e lágrimas. Mas meio a calmaria surge a tempestade.
Receber uma notícia (des)agradável não fazia parte dos seus planos. Sair, sorrir, curtir... não estavam em seus planos para aquele momentos.
Mas o que fazer? Desistir? Correr? Fugir? Ir?
Ir?
Para que lado?
O oposto?
Sem contrapontos?
Aconselhar-se, era o que ela precisava.
Me ajudem, expressava. A resposta obtida talvés (não) fosse a qual mais desejava.
Ela desejou fugir, suas mãos tremiam, sua fase mudara.
Dessa vez a escolha foi tomada. Será que foi preciptada? Ela não sabe responder, teme se arrepender de (não) ir, de ter tomado um caminho sem se permite.
Ao menos ela terá uma vitória, uma glória de sentir, cantar, chorar, sorrir.

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Primavera, flores secas*

Numa noite qualquer, em um momento qualquer. Eles se encontraram.

Os olhares se cruzam, mas se afastava de medo, receio. Fazia muito tempo que não se encontravam não se viam. A vida de ambos tinha tomado um rumo diferente, mas naquele instante, milésimos de segundo, desejaram que tudo voltasse como antes.

As palavras ressoaram como desculpas e cheia de afetos, acompanhados com gestos ásperos e amargos. Os gestos, as maneiras continuavam singelos e completos de amor, mas o medo de dizem sim era intenso.

Foi assim que eles passaram os dias, cheios de amor oprimidos dentro de si. Com vontade de dizer palavras bonitas e de sorrir, com vontade de beijar-se, tocar-se.

Aquele estranho sentia que os dois eram feitos um para o outro, sentia a intensidade do olhar. Mas eles continuavam negando, assim como se nega ao diabo das coisas travessas que aprontam. Negavam de maneira descarada, negavam a vontade de se amarem.

Eles continuam. Afastados, oprimidos, mentindo para si mesmo a verdadeira vontade de serem somente eles.

Os dias estão se passando e continuam caminhando na direção escolhida. Ela lembra, sonha, deseja. Ele continua olhando-a da mesma forma carinhosa e afetuosa.

Eles?

Continuam sempre a mentir...


(*)Primavera, flores secas - Título cedido gentilmente por Bartô

domingo, 19 de setembro de 2010

Sofrer é...

Não ter nem sempre é sofrer,

Saber viver e ir,

Seguir e partir.

Sofrer é dividir,

Sair de si.

Correr,

Fugir,

Seguir.

Sofrer é escolhe

É viver

E sorrir.

sábado, 18 de setembro de 2010

Tinge*


Atingir o inatingível, sem medo de ir além
Saber se irá dar certo, enfrentar e gritar o nome de alguém
Poemas, farpas e palavras,
aquelas que não interessam a ninguém
EM?
ser além...
[des] configurar,
pintar,
verbalizar,
originalizar.




"Tudo o que toco me tinge"

* Giana Viscardi - Tinge

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

delírios



Quando ele pronuncia uma palavra seus ouvidos enchem de afeto. Seu charme, sua dança, seu sotaque te transporta para um mundo desconhecido e a faz imaginar cenas imaginaveis.
Ele não sabe, mas a faz feliz.






* Poste dedicado ao show de Otto na Concha Acústica em Salvador

domingo, 12 de setembro de 2010

ter de ser



A palavra mais comentada ultimamente é VIVER.
Cheio de devaneios e sem medo de ter que existir e sentir o que realmente tem que ser. O vento que sopra no rosto, as palavras pronunciadas, a lágrima que escorre de felicidade e aquela nostalgia de sempre.
Aprender a viver e se deixar viver tem um significado diferente dos outros. Tem gosto de doce e amargo e um odor, as vezes, insuportável. Mas tem sido assim. Vivendo e aprendendo, como diz o ditado. Não sei até quando isso irá durar, mas estou vivendo (IN)tensamente.
Com beijos e abraços e amassos vou seguindo adiante e sendo, sendo, sendo...

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Aniversariante


Traduzir na idade um gesto singelo.
Amadurecer, crescer, sentir a vida e aplaudi-la.
Idade?
Desconhecida.
A moda é ser feliz,
Viver
P L E N A M E N T E.

quinta-feira, 9 de setembro de 2010