sexta-feira, 19 de novembro de 2010

olhosqueveemoinfinito

Os olhos que veem são os mesmos olhos que sentem? És a dúvida que paira nas entrelinhas abraçadas pelo embaraço e do amargo gosto dilatado de não ver.
Ser além do óbvio e do medo de querer descobrir o que possui atrás da janela do horizonte. Pelo visto, nada teria além de inserir em seu esboço aquilo que desejava. Não vai ser aquele resquício da vontade terminante de não ir que vai fazê-la mudar.
Aqueles olhos descobrindo o mundo a fez desejar ir além. O infinito era logo ali.
Ela queria, ela queria, ela queria...
Tão pouco o olhar penetrante lhe aflingia, ela queria mais. Sentira estranheza na profundidade dos meios tentando-a confundi-la, mas ela queria ir além. A janela estava aberta e o que aflingia era não poder ver aquele horizonte transgredindo o mundo. A janela que via o infinito.
A janela que a fazia sentir coberta de plenitude.