domingo, 26 de dezembro de 2010

afinal de contas

Acorda, senta na cama e imagina o longo dia que tem pela frente. Não tinha vontade de nada, não tinha tempo hábil, não tinha vontade, mas tinha desejo. Um desejo que entragara em seu corpo, um desejo desconhecido acompanhado pela simples vontade de ter. Era contraditória, mas ela só sentira o que seu corpo sentira. 
Tomou um gole de café e jogou-se seu corpo no sofá, naquele momento era o melhor lugar de toda a casa. Não pensava em mais nada, não queria mais nada além de ficar na sua doce companhia.
Desligara o celular, não queria falar com mais ninguém. Desmarcara todos os compromissos pelo simples fato de ficar na sua companhia. O que ela realmente quer? O que essa pobre criatura deseja nesse exato momento? 
Nem ela mesmo sabe, quase nunca sabe...ou finje não querer saber.








"Eu quero colo, um berço, um braço quente em torno do meu pescoço, uma voz que cante baixo que pareça querer me fazer chorar. Eu quero um calor no inverno, um estravio morno da minha consciência e depois em sumo. Um sonho calmo, um espaço enorme como a Lua rodando entre as estrelas"

(Maria Bethânia - Eu Quero Colo)

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