segunda-feira, 27 de setembro de 2010

despir de si

Se entregar pelo cansaço, pelo afago que nele estara disponível. Faziam mais de um ano, o melodrama continuava com o mesmo gosto singelo. Ele venceu, conseguiu tê-la nos seus braços.
Despi-la, tocá-la, senti-la. 
Os pensamentos mais sórdidos sussurados no seu ouvido, ressovam como melodias (im)próprias. Ela não o desejava como ele. Ela só o queria por uma vez. Mas ele venceu, venceu pelo prazer de lutar e conquistar.
Os corpos entrelaçados pelos braços, pela boca, pelo cheiro e pela palavra - ora doce, ora amarga. Pela sensação de possuir.
Acompanhados pelo compasso de ir e vim, vim e ir. 
Seguir, seguir, seguir...
Tê-la?
Era o principio, da metade até o fim.
A nota tocada pelos dois possuia uma oitava acima do normal. A melodia era estranha, desconhecida e intensamente deliberada pelo gosto adocicado da música. 
Ele a quer, ele a deseja, ele ama?
Ele a quer na cama*.






*P.S. selecione a partir da 'última' frase.







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