sábado, 2 de outubro de 2010

ficar em si, em ti

Hoje tudo foi a favor dela ficar com a sua própria companhia. Ligou o computador, viu os e-mails, acessou alguns sites, leu sobre política. Ficou acompanhada da música suave que enchia seu coração de amor, ternura. 
Algumas pessoas sentem-se isoladas quando ficam sozinhas, ela gostara. Na maioria das vezes preferia isso, sua companhia.
Enquanto ela se deleitava da música singela que ouvira, ele do outro lado falava do amor que sentira. Da vontade de tê-la, da fome insaciável da tua presença. Ela sentiu-se culpada por estar ausente, por não conseguir encontra-lo. Era tudo culpa dela!
Era assim a tua vida, cheio de devaneios. Ela tem medo do amor, medo de se entregar e ser feliz com ele. Ela tinha medo, ela tem medo, ela é medo.
As palavras suavizadas pelo doce prazer de fazer-se apaixonante, pela necessidade de saber que alguém precisa amá-la da mesma forma. Ele é assim, doce, sublime, amável. E ela rude consigo mesmo.
Agora ela esta assim, sozinha. Apenas com a companhia das notas tocadas no silêncio impregnado do seu peito.




"A casa da saudade é o vazio
O acaso da saudade fogo frio
Quem foge da saudade
Preso por um fio
Se afoga em outras águas
Mas do mesmo rio."
(Saudade - Maria Bethânia)

3 comentários:

  1. Lindo seu blog!
    Gostei de saber que faço parte das suas sugestões...

    até mais!

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  2. Ela = você
    Ele = ?
    Acertei?
    É, parece que o amor (ou não) chegou aí...

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